Os moradores do município de Amparo do São Francisco, distante 116 quilômetros de Aracaju, acordaram assustados nesta sexta-feira (28). Eles relatam que sentiram a terra "tremer". O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que é responsável pelo monitoramento da região, ainda não se pronunciou sobre o caso.
A dona de casa Otiene da Silva afirma que os "tremores" eram acompanhados de estrondos e começaram por volta das 5 horas da manhã. “Escutei o primeiro estrondo, fiquei assustada e me levantei. Logo em seguida, surgiu o segundo e depois o terceiro. As lâmpadas balançavam, foi assustador”, explica.
Oitene conta que todos os vizinhos da rua onde mora saíram das casas para saber o que estava acontecendo. “Pelo que sei, nenhuma casa sofreu danos”, afirma Otiene.
O motorista Márcio Barbosa, também morador do município, faz os mesmos relatos. “O primeiro tremor foi logo cedo e os outros três foram seguidos, um intervalo de aproximadamente 20 minutos cada”, ressalta.
Ele diz que não é a primeira vez que esse tipo de "tremor" acontece em Amparo do são Francisco, mas desta vez, a intensidade foi maior. “O último tremor tem cinco meses, foi fraco. Dizem que são as placas tectônicas que se movem. Até o momento, ninguém da defesa civil municipal apareceu”, finaliza o motorista.
Um tremor de terra foi registrado em Amparo do São Francisco em 29 de junho deste ano. O professor Joaquim Ferreira do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte confirmou, na época, o registro de tremores de terra em Sergipe.
Segundo ele, foram registrados tremores na região de Amparo do São Francisco e Canhoba. “ Várias estações registram o evento, entre elas a de Alagoas e uma localizada na cidade de Lagarto”.
Ainda segundo ele, a magnitude registrada em junho foi de 2.5, que é considerada leve em termos de Nordeste. “Nesse tipo de tremor não chega a ter consequências. Mas no Nordeste o único risco são as quedas de telhas em casas mais simples, mas isso em magnitudes maiores”, afirmou ele em entrevista na época.
A Defesa Civil do Estado de Sergipe afirmou que não recebeu nenhum chamado no município.