Morreu na madrugada deste domingo (5) aos 92 anos o lagartense José Marcelino Prata, proprietário de uma das funerárias mais antigas de Lagarto. O empresário é uma das personalidades mais conhecidas do município. Veja abaixo um pouco mais da história do lagartense a partir do texto do historiador Claudefranklin Monteiro:
Em outubro de 2005, quando eu era Professor de História do Colégio Municipal Frei Cristóvão de Santo Hilário, coordenei um Projeto chamado "Heróis de Guerra: Lagarto na Segunda Guerra Mundial". Na ocasião, meus alunos Tarcisio, Danilo, Luan Henrique, Wolney, Juliano Augusto e Rodrigo entrevistaram José Marcelino Prata. Ele nos deixou hoje. Veja abaixo, o resultado daquela entrevista:
José Marcelino Prata participou da II Guerra Mundial quanto tinha entre 18 e 24 anos. Ao saber sobre sua convocação para a FEB, seus familiares ficaram muito abalados, pois pensavam que ele ia morrer.
Segundo Seu Marcelino, Lagarto ficou em choque com a notícia do estouro da guerra, ainda mais quando seus filhos tinham sido convocados. O trajeto até o navio que partiria para a Europa, incluía uma estada num caminhão e em trem.
Seu Marcelino ficou na Praia do Saco (Estância), numa espécie de ponto estratégico, onde passou 60 dias. Durante esse tempo, afirma ter avistado um submarino alemão rondando o litoral brasileiro. Foi um momento de muita tensão, como quando três soldados americanos estiveram perdidos no mar, encontrados depois famintos e numa situação precária. Conta que não teve nenhum ferimento.
Esteve dois dias na Itália, mas a guerra já havia acabado.
No retorno, houve festa no Povoado Santo Antônio, mas ele não pode comemorar uma vez que tinha perdido seu pai.
Morre o lagartense José Marcelino Prata
06/10/2014 -
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