O Ministério do Trabalho em Sergipe (MPT) está investigando oito denúncias de assédio eleitoral realizadas, desde o início do 2º turno das Eleições 2022, por empregadores no estado - prática em que o empregador coage os funcionários a votarem em seus candidatos a cargos políticos.
As investigações são conduzidas em sigilo. O MPT informou que elas foram realizadas em Aracaju e em cidades do interior, que ficam na atribuição da Procuradoria do município de Itabaiana.
Segundo o procurador regional do trabalho, Mário Cruz, o número de denúncias é considerado expressivo. “Nunca tivemos uma quantidade tão grande de assédio, focando o assédio eleitoral como este ano”.
Ele afirma que a maioria cita posturas irregulares. “Eles ameaçam seus trabalhadores de demissão, buscam saber em que a pessoa vai votar por alguma coisa boa no trabalho, até uma promoção, ou um pagamento de um valor a mais”.
Entre as denúncias recebidas pelo MPT, está uma classificada como embaraço. “Há relatos que no primeiro turno, trabalhadores que tiveram que trabalhar no domingo não foram liberados para votar. É preciso registrar, que o trabalhador que trabalha no domingo de eleição não tem direito a folga neste dia, mas ele tem direito a ser liberado a tempo para ir votar. E não precisa depois compensar essas horas que levou para votar”, explicou o procurador.
Ele disse ainda que qualquer postura do empregador que busque coagir, ameaçar, influenciar indevidamente seu funcionário, em favor do candidato A ou B, pode ser considerada uma situação de assédio eleitoral.
Como denunciar
O trabalhador pode procurar uma sede do MPT ou fazer a denúncia através do site da instituição. No site, é possível escolher o estado, enviar informações e provas, além de fazer a denúncia de forma anônima.
Fonte: G1SE