Oito municípios sergipanos estão em situação de emergência por conta da seca no estado. O mais recente deles a integrar a lista foi o de Porto da Folha, cuja situação foi decretada no último dia 2 deste mês. Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo, Poço Verde Frei Paulo, Canindé de São Francisco e Gararu são as demais cidades que sofrem com a falta de chuvas e, consequentemente, com ao abastecimento de água para a população. De acordo com os dados do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil, mais de 168 mil pessoas estão sendo afetadas com a seca.
No atendimento emergencial aos municípios, o órgão estadual tem deflagrado operações pipa, nas quais são encaminhados caminhões com água para as comunidades mais afetadas. Até agora, aproximadamente 70 mil já foram assistidas por caminhões pipa. “A primeira providência tomada é quanto ao abastecimento de água, assim que decretada a situação de emergência. Com o agravamento da situação, passamos a analisar questões de segurança alimentar, entre outras necessidades decorrentes da seca, a exemplo da realização de ações para não perder o rebanho. No entanto, a primeira demanda é quanto à distribuição de água”, explicou o diretor do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente coronel José Erivaldo Mendes.
Para o abastecimento de água das comunidades afetadas, é seguido o relatório de Desenvolvimento Humano (PNUD - ONU, nov. 2006) que estabelece que cada pessoa deve ter disponível, ao menos, 20 litros de água para consumo diário. “Nós contabilizamos o número de pessoas de determinada comunidade, multiplicamos pela quantidade de 20 litros/dia, para termos a quantidade a ser distribuída mensalmente. E então, é definida a casa de um morador, o qual receberá a água do caminhão pipa, e distribuirá entre os demais que irão buscar diariamente a sua cota de água. A cada cinco dias é enviado um caminhão para a casa que recebe e distribui a água”, destacou o tenente coronel José Erivaldo Mendes.
Ainda segundo o diretor do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil, até o momento não foi verificada a necessidade de deflagração de outras atividades que minimizem as consequências da seca. “Desde novembro do ano passado que iniciamos a distribuição de água, e até o momento, não foi necessário ampliar as ações como ocorreu em 2012, quando foram distribuídos alimentos para o rebanho. É uma análise constante de agravamento, mas nenhum município apresentou essa necessidade, sendo o abastecimento de água o mais prejudicado, e que temos atendido as populações com a operação pipa”, declarou o tenente coronel José Erivaldo Mendes.
Municípios estão em situação de emergência
10/02/2015 -
Outras Notícias