No passado, a Atenção Básica de Sergipe vivia em completo descaso. Existiam unidades de saúde que funcionavam em postos telefônicos, casas inapropriadas com infiltrações e sem condições de higiene, estruturas improvisadas sem critério de privacidade na relação profissional médico-paciente e até mesmo com dificuldade de esterilização de materiais.
Após realizar um mapeamento da situação dos antigos postos de saúde e das condições de trabalho e a oferta dos serviços, o Governo do Estado fez a sua parte e construiu, equipou e padronizou as Clínicas de Saúde da Família (CSF). Ao longo dos últimos anos, são 102 CSF, sendo que 89 já foram concluídas e entregues.
As Clínicas viabilizaram a estrutura necessária para fixar o profissional no interior do estado para os atendimentos na Atenção Básica. Além disso, são fundamentais para o desenvolvimento do Programa Mais Médicos, do Governo Federal, cujos profissionais podem desempenhar suas atividades com segurança e com toda a estrutura que precisam.
Todas possuem estrutura padrão com consultórios médicos, ginecológicos e de enfermagem, gabinete odontológico, salas de acolhimento, espera, esterilização, arquivo, banheiros adaptados para pessoas com deficiência, almoxarifado, copa, vestiário feminino e masculino para os profissionais, salas de reunião, de administração, de expurgo e de esterilização.
“O Governo fez a sua parte e vem fazendo com a prova do compromisso com a saúde da população, construindo espaços adequados e dignos para usuários e profissionais, em todos os municípios, independente de partidarismo, evitando assim a evasão de profissionais por falta de estrutura adequada para trabalhar. A nossa preocupação é cuidar do usuário e garantir um atendimento de qualidade àqueles que mais precisam”, afirma o secretário de Estado da Saúde, José Sobral.
Após a construção, adequação tecnológica e entrega, a gestão das CSF e dos profissionais é dos municípios.
“Com a descentralização da Saúde, os municípios passaram a ter gestão plena da Atenção Básica. É da competência deles manter essas clínicas em funcionamento porque elas dão dignidade aos médicos, que antes atuavam em condições insalubres para atender a população. 15% dos recursos de cada município é destinado para a Saúde dos seus munícipes. Não podemos retroceder. Somos parceiros. A população que tanto precisa e utiliza a Clínica não merece voltar atrás e ter um atendimento em condições sub humanas. Temos, sim, que avançar muito mais. E estamos nesse caminho”, pontua José Sobral.
Ainda de acordo com o secretário de Estado da Saúde, “a própria população reconhece que as Clínicas de Saúde da Família fazem a diferença e proporcionam saúde bem perto de casa. É preocupante ouvir declarações temerárias e inconsequentes que algumas prefeituras querem devolver uma Clínica ao Estado. Não é assim que faz Saúde. Se a população não tiver a CSF, onde terá o atendimento? Vão voltar ao passado? O auxílio que o Governo do Estado faz é de apoio e não uma obrigação constitucional”.