O que os candidatos prometem para a Saúde de Sergipe?
21/07/2014 -
A Saúde Pública será, sem dúvidas, o tema mais recorrente na disputa eleitoral deste ano pelo governo do Estado. De um lado estará o governador Jackson Barreto (PMDB) tendo como base as realizações dos últimos oito anos no setor e as propostas para o futuro. Do outro lado, estarão os demais candidatos, ávidos críticos, como o senador Eduardo Amorim (PSC) e a professora Sônia Meire (PSOL), tentando convencer o eleitorado de que podem operar mudanças significativas na área.
Estranhamente, nos textos dos candidatos de oposição, o tom sobre a atual situação dos serviços de saúde no Estado foi cauteloso.
AMORIM
Até mesmo o candidato do PSC que em suas entrevistas aponta o caos como quadro do setor, em seu programa de governo, optou por um discurso mais propositivo. Ele diz que "Sergipe, ainda não deu um passo decisivo para estruturar a rede de atenção à saúde, de forma efetiva, humanizada e mais equitativa" e apresenta um documento de seis páginas com promessas de melhoria para a área. O texto tem forte apelo pela descentralização dos serviços, dando mais autonomia aos hospitais regionais e propondo o cofinanciamento de ações com as prefeituras.
Em seu programa, Amorim afirma que é necessário "superar fragilidades nos processos administrativos e financeiro existentes na Secretaria de Saúde". Ele também propõe "rever atuais contratos de terceirização da gestão dos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) sob a responsabilidade do Estado". Um ponto que promete gerar polêmica é a proposta de regulamentação dos planos de saúde, que segundo o candidato do PSC garantirá "transparência, fiscalização e, consequentemente, maior credibilidade ao setor".
Chama a atenção no plano de governo de Amorim o fato de não haver qualquer citação ao Hospital do Câncer, sobre o qual ele tratou com insistência nos últimos quatro anos e que o atual governo começou a construir, com parte dos recursos de emendas do senador. Ao final do capítulo destinado à saúde, Amorim elogia as centrais de marcação de consultas, exames e organização das hospitalizações, já em atividade em diversos municípios e propõe o seu fortalecimento.
JACKSON
Na apresentação das propostas da Saúde, que ocupam três paginas do plano de governo de Jackson Barreto, ele diz que "apesar dos investimentos realizados nos últimos anos, sem paralelo em períodos anteriores, é notória a demanda reprimida por serviços de saúde". Ele então faz um amplo desenho das ações já desenvolvidas, citando o investimento de R$ 300 milhões no setor, destacando a construção dos hospitais regionais e de outras unidades de saúde, a universalização dos serviços de saneamento básico no Estado e a obra do Hospital do Câncer (HC).
Entre as propostas para um futuro governo, caso ele se reeleja, estão a efetiva implantação do HC, maior integração das redes de serviços com articulação com os hospitais regionais, com as UPAs e com as prefeituras, estabelecimento de um padrão comum de atendimento em toda a rede estadual, construção de alternativas para definição de uma carreira única em todos o Estado para o programa de Saúde da Família e implantação dos Centros de Diagnose Regionais.
SÔNIA MEIRE
A candidata do PSOL diz que "a saúde pública estará entre as prioridades de um governo voltado para as trabalhadoras e trabalhadores, contudo, não apenas as questões mais emergenciais de estrutura, equipamentos e funcionamento dos postos de saúde e hospitais". Segundo ela, "é necessário fortalecer outra concepção de saúde, dando destaque à prevenção e ao Programa de Saúde da Família, como garantia de direitos básicos".
Ela complementa ainda que é preciso integrar as ações com "melhoria das condições de moradia, da qualidade da água, saneamento básico e rede de esgoto". Ela então critica a Fundação Hospitalar de Saúde e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. "É necessário mais concurso público e garantia dos direitos trabalhistas e a isonomia entre todos os trabalhadores da saúde". Sônia diz ainda que é "fundamental discutir o Hospital do Câncer em conjunto com a estruturação da rede pública hospitalar existente e uma atenção especial com a ampliação e estruturação das maternidades".
BETINHO E AIRTON
O candidato Betinho não apresenta propostas. Ele diz que entende que "priorizar a gestão eficiente do serviço de saúde em todo o Estado deve ser o principal objetivo do governante". "É pensando nisso que, visando atender todas as necessidades dos cidadãos, atuaremos de forma integrada entre as diversas políticas públicas para atender as demandas de Saúde em Sergipe", encerra.
Já Airton da CGTB propõe "a ampliação dos postos de saúde com equipamentos, a valorização dos profissionais da saúde, com melhores salários e capacitação profissional, lutando para o fortalecimento do SUS"
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