A Polícia Militar de Sergipe vai instaurar processo ético disciplinar para investigar a suposta participação dos dois policiais militares presos na Operação Poço Vermelho desencadeada pela Polícia Federal, que revela possível envolvimento deles no suposto grupo de extermínio que atuava em Poço Verde sob o comando do ex-presidiário José Augusto Aurelino Batista, morto no dia 15 de outubro durante operação desencadeada pela polícia civil para cumprimento a ordem judicial para prendê-lo.
O sargento Leonídio Rosa de Oliveira, que atua na 3ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar, no município de Simão Dias, e o soldado Adriano Batista Macedo, da 4ª Companhia do 7º Batalhão da Polícia Militar, no município de Poço Verde, presos nesta operação da Polícia Federal, vão responder junto ao Conselho Disciplinar da Polícia Militar de Sergipe e poderão ser expulsos da corporação caso as investigações apontem a relação dos dois policiais no suposto grupo de extermínio que está sendo investigado pela Polícia Federal.
O tenente-coronel Paulo César Paiva, comandante da PM5, setor responsável pela comunicação social da corporação, informou que o Comando Geral não compactua com este tipo de comportamento e atuará com rigor para investigar a suposta participação destes policiais em ações criminosas, que seriam articuladas por Augusto Aurelino para executar pessoas envolvidas com o crime na região de Poço Verde.
O policial civil Cris Aislan, escrivão de Simão Dias, foi preso na mesma operação e autuado em flagrante por posse ilegal de arma. O escrivão foi alvo de mandado de busca e apreensão e, na residência dele, os policiais federais encontraram armamento, entre eles, um revólver de calibre 38 sem registro. No momento, a Polícia Federal não identificou indícios que levem o envolvimento do agente civil ao suposto grupo de extermínio.
A assessoria de imprensa informou que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) não se manifestará a respeito da prisão do agente.