O juiz Diógenes Barreto, da 6ª Vara Criminal [Auditoria Militar], ouviu seis testemunhas arroladas pelo Ministério Público Militar sobre possíveis promoções irregulares feitas a oficiais da Polícia Militar no ano de 2006, durante a gestão do coronel Anselmo Santos frente ao Comando Geral da PM. Na época, segundo a denúncia do Ministério Público Militar, o coronel Anselmo permitiu a promoção de oficiais mais modernos em detrimento a dois capitães que estariam aptos a receber a patente de major daquela corporação.
Entre as testemunhas, alguns são coronéis da Polícia Militar aposentados, que já comandaram a corporação em Sergipe. Eles foram interrogados pelo juiz Diógenes Barreto, pelo promotor de justiça João Rodrigues, representante do Ministério Público Militar, e também por membros do Conselho Especial constituído por coronéis da reserva, mais velhos que o coronel Anselmo, que participarão do julgamento do militar.
Nos depoimentos, os militares revelaram que não tinham lembrança de promoções irregulares na corporação durante o ano de 2006, período que consta na denúncia. Mas um dos coronéis deixou claro que o Poder Executivo tinha acesso à relação de todos os integrantes da corporação além daqueles nomes que integram a relação apresentada pela Comissão de Promoção, constituída na corporação para analisar a aptidão dos oficiais que concorrem a outras patentes.
A defesa do coronel Anselmo está sendo feita pelo advogado Gerson Carvalho. Na opinião do advogado, não houve irregularidades. “Não há crime nenhum, todas as promoções da época foram regulares. Todos os parâmetros foram respeitados tanto pelo Comando Geral quanto pelo governador [João Alves Filho, da época]”, ressaltou.
O advogado informou que o coronel Anselmo respondeu também a ação cível, pela qual foi absolvido.
Promoções indevidas na PM: juiz ouve seis testemunhas
26/06/2014 -
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