Propriá: Presidente da Câmara orienta prefeito para evitar exoneração de servidores
26/10/2017 -

Os municípios brasileiros enfrentam uma grave crise econômica gerada pelo excesso de despesas, a estagnação das receitas e o subfinanciamento dos programas federais, entre outros fatores. Para minimizar os efeitos da crise e garantir o funcionamento das cidades, algumas prefeituras estão realizando uma série de cortes, chegando até a anunciar a exoneração de servidores. 

 

No início desta semana, os prefeitos das cidades de Cedro do São João, Telha, São Francisco e Propriá, concederam entrevista à rádio Xodó FM para esclarecer questões relacionadas ao real quadro financeiro das prefeituras. Na ocasião, o gestor de Propriá, Iokanaan Santana, deu uma declaração que deixou a maioria dos propriaenses apreensivos. 

 

Ao ser indagado sobre as ações que serão tomadas pela administração para dar continuidade aos serviços municipais, o prefeito afirmou que realizará demissões e ainda não sabe quantos funcionários perderão o emprego. “Fica muito difícil eu dizer se são dois, cem ou duzentos”, respondeu. 

 

Preocupado com esta situação, o presidente da Câmara Municipal de Propriá, José Aelson (PSD), se posicionou sobre o assunto durante a sessão da última terça-feira, 24. O parlamentar fez uso da palavra para apresentar métodos que podem ser utilizados pela administração para driblar a exoneração. 

 

“A minha sugestão, encaminhada ao prefeito Iokanaan Santana em julho deste ano, foi o corte de 20% no salário do prefeito, do vice e dos secretários por apenas três meses, de novembro a janeiro do próximo ano”, frisou o vereador, destacando que cerca de 30 mil reais seriam economizados com esta medida. 

 

De acordo com Aelson, outras medidas como a diminuição da locação de veículos, do consumo de combustível e do número de contratos precisam ser estudadas pela gestão municipal. 

 

Segundo o parlamentar, pôr fim às gratificações, que ele supõe custarem em torno de 40 a 50 mil reais, é outra alternativa a ser avaliada pela prefeitura, que deve evitar a demissão dos funcionários. 

 

“Vai demitir quem? Tirar de onde mais? Os pequenos não podem continuar sendo sacrificados, Propriá precisar acabar com esta instabilidade. A administração contrata, nomeia e no mês de dezembro, quando o servidor está esperando o salário para celebrar o Natal em paz com a família, a prefeitura notifica a sua exoneração. É uma total falta de planejamento”, lamentou Aleson, ao ressaltar que, neste momento, a melhor estratégia é redução de salários dos cargos mais altos.