Na manhã desta sexta-feira, 22, ocorreu na Academia de Polícia Civil (Acadepol), o primeiro evento da Coordenadoria Integrada de Segurança Pública do Nordeste (Cisp/Nordeste) criado pela Portaria nº 1.395 do Ministério da Justiça e publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 21. As oficinas temáticas abordam temas como: inteligência de segurança pública e investigação; logística; fiscalização de produtos controlados, articulação institucional e interinstitucional e normatização.
O Cisp/Nordeste é composto por representantes dos nove estados do Nordeste e terá a missão de atuar como fórum e órgão planejador cujas decisões servirão para ações integradas entre equipes federais e estaduais. Além dos nove Estado da região, farão parte do Cisp/Nordeste a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ), a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge/MJ), o Departamento de Polícia Federal e o Departamento de Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com o presidente do Comitê de Operações Integradas em Segurança Pública (CIESP), delegado Alessandro Vieira, um dos principais objetivos do Cisp/Nordeste é o foco no combate homicídios e roubos a banco. “O Ministério da Justiça, em parceria com os Estados do Nordeste, decidiu criar alguns órgãos focados em operações integradas na região, especialmente no combate a homicídios e roubos a banco. Nessa missão estamos reunindo todas as forças de segurança do Estado para que possamos traçar metas e ações que possam ser executadas e para que possamos garantir aos sergipanos e nordestinos uma melhor segurança”, explicou Vieira.
A proposta do Ministério da Justiça é para consolidar os protocolos e planos táticos operacionais regionais elaborados, sempre que as ações acontecerem nas divisas de dois ou mais estados da região. O trabalho conjunto entre as equipes policiais contará com a utilização do legado de segurança pública promovido pelo plano operacional criado para a Copa do Mundo no Brasil.
Os estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco receberam jogos e investimentos do governo federal para a criação dos Centros Integrados de Comando e Controle Regionais (CICCR). Sergipe e Alagoas, subsedes durante o torneio mundial, também receberam investimentos e definiram ações com o governo federal a fim de receberem seleções para treinamentos em Maceió e Aracaju.
Objetivos
Alessandro enfatiza que o grande indicador da segurança pública é o número de homicídios. “Além disso, há uma preocupação com um crescimento expressivo de explosões de caixas eletrônicos na região e a consequência é que vamos traçar um planejamento integrado para tornar institucional aquilo que já existe na prática. Como exemplo, citamos a Divisão de Inteligência da PC de Sergipe que já ajuda a inteligência de vários Estados no Nordeste com muita eficiência; o que queremos é que agora essa parceria seja institucional e não dependa mais do esforço de algumas pessoas”.
Embora o trabalho seja integrado, a previsão constitucional de cada órgão da segurança pública não será afetada, visto que elas atuarão dentro de suas especificidades. “Se você pensar na fiscalização de produtos controlados e explosivos, somente o Exército Brasileiro tem essa missão, mas sabemos que as forças policiais podem contribuir, em parceria, para aumentar e fomentar essa . Da mesma forma, o policiamento ostensivo, que pode ser ampliado a partir de ações integradas dos vários órgãos de segurança”.
Para Alessandro, a consequência natural desse aumento da fiscalização policial será uma efetiva melhora nos índices de segurança pública em todo o Nordeste. “Temos a possibilidade de distribuir as forças policiais nas chamadas manchas criminais e evitar que o crime ocorra. Em Sergipe, a investigação de crimes de homicídio é razoavelmente bem sucedida e tem índices superiores a mais de 10 vezes a média nacional; por exemplo, no município de São Cristóvão temos elucidação na casa de 80% em 2013 e de 100% esse ano. gora sempre se pode melhorar para evitar que o crime aconteça.
