A criação de um projeto que desenvolva a cultura de não violência nas escolas é um tema de grande interesse para o Governo de Sergipe. E para elaboração de um projeto neste sentido, o Núcleo de Prevenção à Violência da Secretaria de Estado da Educação (SEED) realizou nesta segunda-feira, 8, mais uma reunião de diálogo para construção coletiva de um plano de ações integradas para o desenvolvimento da cultura de paz nas escolas.
Dividida em dois momentos, a reunião inicialmente tratou das ações já executadas pela Policia Militar de Sergipe, por meio do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). Para explicar as principais características do programa, a coordenadora do Proerd, capitã Adriana Littig, fez uma apresentação da metodologia utilizada.
"O Proerd consiste em uma ação conjunta entre o policial militar, devidamente capacitado, e os professores, estudantes, pais e comunidade, no sentido de prevenir e reduzir o uso indevido de drogas e da violência", afirma Littig.
Implantado em Sergipe desde o ano 2000, o Programa já beneficiou mais de 56 mil alunos, e é mais um fator de proteção desenvolvido pela Polícia Militar para a valorização da vida, em que há a busca pelo fortalecimento da cultura da paz.
Escola que protege
Convidada a somar-se à construção do Plano, a Universidade Federal de Sergipe (UFS), por meio da Coordenação do Curso de Especialização em Direitos Infanto-Juvenis no Ambiente Escolar (Escola que Protege), também apresentou propostas.
As propostas foram apresentadas pela professora Joelina Menezes, que também coordena a Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública de Sergipe (Renaesp/SE). Ela explanou sobre as propostas da especialização e mostrou como esse curso pode se inserir na construção do plano integrado.
Ações coletivas
Na segunda parte da reunião, a coordenadora do Núcleo de Prevenção à Violência (NPV), Josevanda Franco, apresentou a formatação geral do Plano de Ações Integradas, dividida em oito pontos.
"Esse plano já está formatado. Estamos agora integrando os atores envolvidos neste processo", explica a coordenadora do NPV, acrescentando que no primeiro momento será feita uma identificação das reais condições vivenciadas na escola, haverá um diagnóstico e a definição de um cronograma inicial.
"Ao implantarmos o plano na escola, faremos nela uma intervenção de 120 dias e, após esse processo, pretendemos criar condições para que a escola se aproprie do que estamos propondo no Plano e o insira em sua rotina diária", enfatiza Josevanda.
Ela explica também que o Plano de Ações Integradas converge todos os programas já desenvolvidos pela SEED, e que algumas ações já estão sendo executadas pela Secretaria de Educação para o fortalecimento da cultura de paz e da não violência nas escolas por meio dos programas SALVE, Qualivida, e Cidadania e Paz nas Escolas.
O Colégio Estadual Felisbello Freire, em Itaporanga D'Ajuda, e o Colégio Francisco Portugal, em Aracaju, serão os primeiros a receberem o projeto piloto do Plano Integrado de Ações.
Além destes programas, há também a ampliação da vigilância terceirizada armada nas escolas com maior número de ocorrências, iniciativa que tem contribuído bastante para a redução dos índices de assaltos nas unidades de ensino.
