Determinação para transformar um hobby em um negócio viável. Foi com esse sentimento que o engenheiro florestal, Ítalo Cesar Almeida, decidiu fabricar cerveja na cozinha de casa. A fabricação artesanal ganhou o nome de Cerveja 13. A produção ainda é tímida, 25 litros por mês, mas vale salientar que antes mesmo de ser engarrafada a produção está sempre toda vendida, é assim desde que começou com esse empreendimento há um ano e meio. No início, Ítalo apenas reproduzia as receitas que encontrava na internet, mas com o tempo ganhou confiança e passou a arriscar os sabores.
“Já produzimos cerveja até com notas de mangaba e rapadura, muita coisa até já foi feita por outros fabricantes artesanais, mas nenhuma cerveja nunca é igual a outra, por isso os sabores da artesanal ganham tantos adeptos”, contou. O engenheiro que agora arrisca de cervejeiro, ganhou a ajuda da esposa, a estudante Natalia Sanches, que garante que os planos do casal é tornar a Cerveja 13 uma fonte de renda. “Fazemos isso com amor, somos apreciadores de uma boa cerveja, e nossos objetivos é quadriplicar a nossa fabricação ainda este ano”, ressaltou.
O dinheiro que ganham com a cerveja ainda não pode ser chamado de lucro, já que é utilizado para pagar os gastos com a produção, além de comprar outros materiais para a fabricação. “Todo o dinheiro que entra da venda das cervejas usamos para reabastecer o estoque de matéria-prima, compramos ainda outras panelas, uma bomba e uma conexão, necessidades para tornar a fabricação melhor”, lembrou.
Apesar do desejo de tornar a Cerveja 13 uma fabricação maior e reconhecida no Estado, o casal encontra um empecilho que atrapalha esse crescimento na produção, a produção dos insumos são encontrados somente fora do Estado. “Toda matéria-prima vem de fora, nosso aliado é a internet, estamos sempre buscando novos fornecedores para baratear a produção e poder oferecer um preço melhor para o consumidor final”, destacou.
Outro problema encontrado pelo casal é a dificuldade em tornar o negócio legalizado formalmente. “Outras produções artesanais não necessitam de tanto investimento como a cerveja, para eu conseguir o registro dos órgãos de fiscalização, eu preciso ter uma instalação industrial, precisaria de mais de R$ 500 mil, então acho que a maior dificuldade é tornar o negócio formal”, contou o engenheiro.
As dificuldades até que atrapalham o desejo de aumentar a produção, mas não impedem que o casal siga com o desejo de transformar a Cerveja 13 em um negócio viável. Para eles, o mercado em Sergipe está favorável para este produto. "Desde quando começamos, nós percebemos que tinha mercado para a cerveja artesanal no Estado e isso motiva para que a gente continue com a fabricação, não pelo dinheiro, mas por prazer”, afirmou Ítalo.
Sergipanos investem na produção de cerveja artesanal
15/08/2014 -
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