Sergipe já realizou quase 90 transplantes de córnea em 2014
Foto ilustrativa
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Jornal da Cidade.net
29/09/2014 -
A Central de Transplantes de Sergipe é uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que funciona de forma conjunta com a Organização de Procura de Órgãos (OPO), as duas localizadas no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). O serviço é ligado à Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos para agilizar o procedimento e evitar a perda de órgãos.
 
Somente este ano, já foram realizados em Sergipe 87 transplantes de córnea. A fila que chegou a ter 400 pacientes, atualmente conta 79. Esses transplantes são feitos em unidades habilitadas pelo Ministério da Saúde em Sergipe. Os demais tipos de transplantes são feitos fora do Estado por meio do Tratamento Fora do Domicílio (TFD). Aliado a isso, é realizado um trabalho permanente de sensibilização das famílias no sentido de autorizar a doação. Em 2013 e 2014, foi enviado um total de 27 órgãos para outros Estados, sendo que só em 2014 já foram 18.
 
"Como no momento estamos realizando somente transplante de córneas, os demais órgãos doados aqui são captados e encaminhados através de equipes especializadas para outros estados para serem transplantados, mediante fila de espera nacional e que contempla também os sergipanos. Entre os órgãos doados este ano, em Sergipe, estão: 02 corações, 05 fígados, 10 rins e 01 pâncreas”, destaca Benito Fernandez, coordenador da Central de Transplantes de Sergipe.
 
"À exceção de Fortaleza, São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre, que realizam todos os transplantes, há sempre um local de referência para algum tipo de procedimento. O transplante de fígado, por exemplo, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, é realizado em 22 cidades brasileiras: Belo Horizonte, Blumenau, Botucatu, Brasília, Campina Grande do Sul, Campinas, Cariacica, Caxias do Sul, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Itaperuna, João Pessoa, Joinville, Montes Claros, Natal, Passo Fundo, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Salvador. Ou seja, qualquer pessoa que necessitar de transplante de fígado no país vai realizar nesses locais", explica o coordenador.
 
Segundo o coordenador, ainda é preciso conscientizar as famílias de potenciais doadores e também profissionais da saúde, para que notifiquem sobre o surgimento de um doador. "O profissional de saúde é quem inicia todo o processo que torna a doação possível através do diagnóstico de morte encefálica. Cabe à família autorizar a doação, que pode salvar a vida de outras pessoas. Quando temos um órgão disponível para captação, entramos em contato com a Central Nacional de Transplantes, que envia uma equipe até o Estado para realizar essa captação. Porém, ainda há um medo muito grande das pessoas e, por isso, é preciso incentivar que as famílias autorizem essa doação", ressaltou.
 
A Central de Transplantes desenvolve vários projetos educativos a respeito da doação de órgãos. Para obter esclarecimentos, o contato pode ser feito pelos telefones 0800 284 3216 e (79) 3259-3491.