Uma boa notícia para Sergipe foi divulgada nesta segunda-feira, 02. A perfuração do terceiro poço de extensão na área de Farfan, em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe, confirmou a extensão da descoberta de óleo leve, de alta qualidade e gás, comunicada em agosto de 2013. A Petrobras noticiou ainda que a perfuração constatou também a presença de um novo reservatório no litoral sergipano. Esse, mais raso, também é portador de óleo leve, com espessura total de 68 metros.
“É mais uma boa notícia de uma série que se iniciou com as descobertas em águas profundas e que confirmam mais uma vez que as reservas são muito grandes e, portanto, justificam um otimismo na perspectiva de desenvolvimento do estado. Leva-nos a ter expectativa de que os investimentos da Petrobrás nestas reservas aconteçam o mais rápido possível. É importante que Sergipe tenha um desenvolvimento industrial que possa se beneficiar destes recursos naturais, para que o povo sergipano usufrua do desenvolvimento econômico”, avalia José de Oliveira Júnior, assessor especial do Governo do Estado.
“O poço 3-SES-186 (nomenclatura Petrobras) / 3-BRSA-1286-SES (nomenclatura ANP) está localizado a 103 km da cidade de Aracaju e a 10 km do poço descobridor, em profundidade de água de 2.467 metros. O poço ainda encontra-se em perfuração até atingir o objetivo final de 6.060 metros”, relatou a multinacional em nota à imprensa.
De acordo com a Petrobrás, a acumulação integra o projeto exploratório da Bacia de Sergipe-Alagoas em águas profundas, conforme previsto no Plano de Negócios e Gestão para o período 2014-2018.
Potencial sergipano
Apesar de explorar Sergipe há mais de 50 anos, apenas em 2010 a Petrobras começou a perfurar em águas profundas, onde ocorreram as descobertas mais recentes. Em 2012, foram cinco em águas ultraprofundas, comprovando o potencial exploratório do litoral sergipano.
Dos poços no estado, destaca-se o campo de Carmópolis, o maior em volume de reservas do país e o primeiro descoberto na bacia sedimentar de Sergipe-Alagoas, em 1963. No campo de Guaricema são testadas as primeiras tecnologias voltadas para os campos marítimos. Foi nele que a empresa produziu pela primeira vez na plataforma continental, em 1968.
Em 2007, o campo de Piranema começou a produzir. Ele marcou uma nova fronteira para o Nordeste brasileiro: produção de óleo leve e em águas profundas. Uma inovação adotada para esse campo foi a instalação do primeiro sistema flutuante de produção, armazenamento e exportação de óleo redondo do mundo. O projeto tem como objetivo minimizar os efeitos da oscilação das ondas do mar.
A produção no estado de Alagoas é basicamente terrestre, com destaque para a produção de gás. O único campo marítimo da bacia localizado nesse estado é o de Paru.