UFS: Servidores decidem não bater ponto a partir de 2ª
Entrada da Universidade Federal de Sergipe (Foto: Arquivo Portal Infonet)
Entrada da Universidade Federal de Sergipe (Foto: Arquivo Portal Infonet)
Portal Infonet
11/08/2014 -

 Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) decidiram em assembleia realizada nesta segunda-feira, 11, que não vão bater o ponto eletrônico a partir do próximo dia 18. Eles passarão a semana tentando discutir com a reitoria, uma maneira de ajustar algumas questões que impedem a categoria de cumprir a determinação judicial. Os servidores não descartam a possibilidade de cruzar os braços, caso não seja encontrada uma solução.

O diretor do sindicato da categoria (Sintufs), Atamário Cordeiro explicou que no final de julho deste ano, foram informados pela reitoria da UFS sobre uma decisão do juiz Edmilson Pimenta, da 3ª Vara Federal, por meio de uma ação impetrada pelo Ministério Público Federal pedindo que a universidade defina pelo estabelecimento de um controle de freqüência para os servidores.

“A ação culminou com uma liminar e foi dado à UFS, o prazo de um mês para implantar o sistema, devendo vigorar a partir da próxima segunda-feira, 18. A universidade apresentou o ponto eletrônico por meio do Núcleo de Informática que disponibilizou senhas aos servidores. Só que, por exemplo, um motorista que viaja levando professores e alunos para fazer pesquisas de campo não tem como voltar em tempo de bater o ponto. E nem como fazer isso da caatinga. Outro exemplo é um médico anestesista do Hospital Universitário que está em uma cirurgia e há alguma complicação. Ele vai deixar o paciente no Centro Cirúrgico para bater o ponto?”, indaga.

Atamário Cordeiro disse ainda ser preciso uma ampla discussão em torno do assunto. “A situação foi gerada por estudantes que denunciaram professores faltosos. Não somos contra o ponto eletrônico até porque temos responsabilidade com o nosso trabalho. Mas se no momento de bater o ponto o servidor não tiver condições ou os professores estiverem em pesquisa, como fazer já que não é permitida a hora extra? Deliberamos na assembleia de hoje que não vamos bater a partir de segunda. Vamos tentar encontrar uma solução junto à reitoria e na segunda-feira a partir das 9h30 faremos nova assembleia”, destaca lembrando que a categoria pode até mesmo cruzar os braços caso não haja uma solução.