Ciclofaixa marca dia mundial sem carro em Aracaju

22/09/2014 às
Foto: Portal Infonet

O dia mundial sem carro em Aracaju, que acontece nesta segunda-feira, 22, foi marcado por uma ciclofaixa, montada entre trechos das avenidas Maranhão e Tancredo Neves. A iniciativa aconteceu pela primeira vez na capital sergipana e objetivou, segundo o capitão J. Luiz, diretor de trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), mostrar a população a ideia que os espaços devem ser compartilhados por todos.

 

“Queremos divulgar esse modal, afinal nada melhor que bicicleta. Além disso, também temos a intenção de mostrar como vai ficar a ciclovia, pois temos a pretensão de construir uma no local. A ideia é fazer uma extensão da ciclovia da Tancredo Neves e também de interligar todos esses espaços destinados aos ciclistas”, explica o capitão J. Luiz.

 

O especialista em educação para o trânsito Eduardo Biavati está em Aracaju para participar das programações da Semana Nacional do Trânsito e destacou a importância da disponibilização da ciclofaixa. “Isto sinaliza a mudança que vai ter que ser implementada e é um anúncio que as cidades vão ter que se acostumar a ter ciclovias”, relata.

 

Mobilidade

 

Com foco na mobilidade urbana, Eduardo Biavati conta que o veículo do futuro é a bicicleta, e que a população terá que encontrar outros jeitos de se locomover. A ideia do especialista é que também comece a ser repensada a questão da divisão dos espaços, de modo que as pessoas sejam priorizadas. “O lugar dos pedestres no Brasil sempre foi o resto, mas não dá para ser assim”, sinaliza.

 

De acordo com Biavati, a mobilidade tem que ser repensada também por conta do aumento da expectativa de vida da população, pois cada vez mais o número de idosos vai aumentar e eles necessitam de espaços seguros para se locomover. “Vamos ter que confrontar com esses problemas que são históricos”, complementa.

 

Programação

 

Nesta segunda-feira, 22, a programação da Semana Nacional de Trânsito segue com a realização de palestras com o especialista Eduardo Biavati. O objetivo é conversar com estudantes e mostrar outro viés dos acidentes de trânsito, a situação de quem sobrevive, mas segue com sequelas físicas.