Definida empresa para reabrir a Fafen

A Petrobras concluiu a licitação para contratação de serviços de operação e manutenção das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe e da Bahia (FAFEN-SE e FAFEN-BA). A companhia assinou o contrato com a empresa Engeman para retomada das atividades das unidades localizadas em Laranjeiras (SE) e Camaçari (BA). O retorno das operações está previsto para acontecer até o final deste ano.
O contrato O&M (Operação e Manutenção) terá duração de até cinco anos e representa mais um importante marco na retomada da Petrobras ao setor de fertilizantes, desta vez na região Nordeste
A previsão é que a posse para a Petrobras seja restabelecida no mês que vem, prazo no qual a Unigel desmobilizará suas equipes e realizará demais processos do encerramento do arrendamento.
O contrato vai gerar cerca de 800 empregos diretos e indiretos para atender as duas fábricas (com priorização da mão de obra local), reforçando o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento da cadeia produtiva nacional. Na FAFEN-BA serão produzidas amônia, ureia perolada e ARLA-32, em contrato que ainda inclui a operação dos Terminais Marítimos de Amônia e Ureia no Porto de Aratu, em Candeias, na Bahia. Já na FAFEN-SE serão produzidas amônia, ureia perolada e ureia granulada.
Histórico
A Fafen de Sergipe foi implantada pela Petrobras em 1980, tornando-se um polo estratégico para a produção de ureia, amônia e sulfato de amônio no Nordeste. Sua instalação impulsionou o desenvolvimento da infraestrutura no estado, como obras como a adutora do Rio São Francisco e melhorias em energia, transporte e telefonia.
Ao longo do tempo, a unidade enfrentou desafios operacionais, principalmente pela instabilidade no fornecimento de gás natural, levando à redução de turnos e paralisações. Ainda assim, a planta seguiu gerando centenas de empregos diretos e indiretos, mostrando-se como importante ativo no parque industrial sergipano.
Em 2018, a Petrobras anunciou a hibernação da unidade como parte de sua política de desinvestimentos. Após negociações com o Governo de Sergipe, em 2019, a fábrica foi arrendada ao grupo Unigel por dez anos. A operação foi retomada em 2021, após investimentos superiores a R$ 300 milhões. Contudo, desde 2023, a fábrica voltou a enfrentar dificuldades, com duas paralisações motivadas pelo alto custo do gás natural em relação aos preços dos fertilizantes. Em março de 2024, a Unigel suspendeu as atividades por tempo indeterminado.
Após alinhamentos judiciais envolvendo a Unigel, a Petrobras abriu licitação para recebimento de propostas para os serviços de operação das fábricas de fertilizantes em Sergipe e na Bahia. O prazo foi concluído em julho de 2025, com o registro de seis propostas. A Engeman Manutenção de Equipamentos foi a vencedora, com valor aproximado de R$ 976 milhões. A licitação prevê serviços de operação e manutenção das duas unidades de produção de amônia e ureia granulada.
Fonte: Petrobras













