Mulher acha papelão dentro da embalagem de molho

03/09/2014 às
Foto: André Moreira/ Equipe JC

Dá pra imaginar a sensação de abrir uma embalagem de alimento e de dentro sair algum corpo estranho? Foi por essa situação que passou a dona de casa Maria Neide Santos, 48 anos, durante o último final de semana, ao preparar o almoço da família. No meio do cozimento ela precisou colocar molho de tomate em uma das panelas e ficou surpresa ao perceber que, de dentro do pacote, que estava lacrado e com validade até janeiro de 2016, saiu o pedaço de algo que não era, em hipótese alguma, tomate.

"Saiu um pedaço de algo que de imediato não consegui identificar, mas ao analisar melhor vi que era um papelão todo cheio de mofo. Abri o restante da embalagem e havia ainda mais daquilo dentro. É uma sensação muito estranha, não tem como não sentir nojo", relatou a aposentada. Uma das primeiras providências tomadas pela dona de casa foi entrar em contato com o estabelecimento onde adquiriu o produto, um minimercado localizado no Conjunto Beira Rio. "Eles me trataram muito bem, foram educados e me disseram que não tinham a ver com a situação, afinal de contas o produto não estava estragado ou violado. E eu concordo com eles. Mas foi bom ter conversado porque me orientaram a buscar alguma solução junto ao fabricante", relembrou Maria Neide.

A orientação do funcionário do minimercado foi aceita e a aposentada ligou para o número do Serviço de Atendimento ao Consumidor indicado na embalagem, e ouviu dos atendentes a promessa de que até esta sexta-feira um representante do fabricante vai até a residência dela para ver o material e colher uma amostra para análise. Até lá, o "invasor" vai ficar no freezer. Mas além de ligar para o SAC, Maria Neide também foi até o Procon Estadual na manhã da última segunda-feira e lá foi orientada a ir até a Vigilância Sanitária do Município de Aracaju. Esta segunda viagem foi perdida, já que naquele dia nenhum funcionário da secretaria municipal da Saúde pôde entrar no prédio, pois os agentes comunitários de saúde e endemias bloquearam o acesso ao local.

"Agora o jeito é esperar o pessoal do fabricante chegar para me falar alguma coisa", observou. De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária de Aracaju (Visa), Ávio Brito, qualquer pessoa que passe por situação semelhante à da aposentada Maria Neide Santos deve sim ir até a Visa para abrir ocorrência. Essa atitude é indicada porque, desta forma, informações sobre o produto e o fabricante serão colhidas, como por exemplo número de lote, para que uma investigação seja iniciada. "Vamos investigar a marca, saber se há outros casos do tipo registrados, se é um produto que tem licença da Anvisa para ser comercializado", informou Ávio Brito.