A queda abrupta dos índices de vacinação infantil apontada por estudos do Ministério da Saúde e das secretarias de saúde estaduais foi a motivação de uma reunião ocorrida na manhã desta segunda-feira, 5, no Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE). A conselheira Susana Azevedo, que propôs o encontro, recebeu em seu gabinete o secretário de saúde do Estado de Sergipe, Walter Pinheiro, e os conselheiros Luiz Augusto Carvalho Ribeiro e José Carlos Felizola.
Em todas as partes do país o esquema vacinal de doenças antes consideradas erradicadas, enfermidades que assolaram o país em outras décadas, sofreram uma considerável queda, alcançando patamares dos anos de 1980, fato que acendeu um alerta em especialistas, organizações e entidades de todo país.
"Convidei o Dr. Walter para esta reunião, pois é uma preocupação que devemos despertar em todos os envolvidos. O Tribunal quer dialogar e traçar estratégias para que o Estado e os gestores municipais colaborem com o avanço da vacinação na primeira infância, e também na população idosa, que pode vacinar-se contra a gripe, por exemplo. Nós estamos diante de um fato que muito me preocupa, que é o retorno de doenças como sarampo, rubéola, meningite, tétano e paralisia infantil, um ‘fenômeno’ que não nos deparávamos há anos, e que pode acarretar em hospitais lotados, como já acontece no momento com as UTIs infantis abarrotadas devido aos elevados casos síndromes gripais, e numa futura incidência nos números de mortalidade infantil”, disse a conselheira Susana.
O secretário Walter Pinheiro afirmou que o momento é oportuno para a discussão da pauta: “O Brasil sempre foi um exemplo de vacinação e as taxas de cobertura vacinal estão muito abaixo do ideal, e a preocupação da Corte de Contas se soma às nossas ambições de fomentar a política de vacinas, e isso só pode ser feito com os esforços e a ação dos gestores municipais. Quando falamos de saúde, a prevenção é sempre o melhor remédio”.
A reunião serve de pontapé inicial para futuros encontros entre as partes envolvidas na saúde do estado. “Perder uma criança ou qualquer pessoa para uma doença evitável é muito grave. O meu objetivo é conversar com todos e avançarmos rapidamente com ações como atrelarmos a matrícula escolar com a carteira de vacinação, por exemplo”, finalizou a conselheira. ?
Fonte: DICOM/TCE