Parece que está na moda censurar a imprensa do interior sergipano. No último dia 25 de junho, integrantes do Movimento Sem Terra (MST) invadiram a Rádio Xodó FM, em Nossa Senhora da Glória, e dominaram os microfones do radialista Anselmo Tavares por mais de uma hora. O grupo alegou que o programa não abria espaço para que eles falassem. Já a emissora, negou o fato.
Agora, em Estância, é a Ilha FM que parece enfrentar um problema. De acordo com informações do site “A Tribuna”, o apresentador Eduardo Abril, que comanda o Jornal da Ilha, vem sendo censurado pelo secretário adjunto de Comunicação e Turismo do município, Clériston Barbosa. O radialista acusa o gestor de ter chamado os profissionais da emissora de “pau mandado”, por isso, diariamente, tem realizado comentários envolvendo o secretário.
Além disso, segundo o portal de notícias, Eduardo Abril afirma que os assessores de comunicação da prefeitura estão impedidos de participar do programa dele, e que a proibição teria partido de Clériston. “Ele proibiu Chiquinho, Chicão, Alexandre Santos e Walison Jardim de ligarem para o Jornal da Ilha. Eles liguem se quiser, mas a população merece ter uma explicação da prefeitura de tudo que está acontecendo no município”, reclama Abril.
No último sábado, o radialista voltou a falar sobre o assunto e, desta vez, não mediu palavras para afirmar que a administração de Estância é feita por Clériston Barbosa. “É ele quem manda hoje e não o prefeito de fato, Carlos Magno. Esse secretário deu ordens para que os assessores não divulguem as atividades da prefeitura no meu programa. Isso é censurar a imprensa de participar da Ilha FM”, acusou.
Eduardo Abril disse também que na semana passada, por falta de alguém da assessoria para esclarecer um determinado assunto, ele precisou ligar diretamente para o telefone do prefeito Carlos Magno. “Até quando o gestor de Estância e a assessoria de Comunicação dele vão aguentar essa censura? Eu quero ver se Carlos Magno tem couro de aço para aguentar tanta pancada”, ironizou o apresentador. Ainda segundo informações do site “A Tribuna”, o secretário adjunto negou a um portal de notícias local que tenha tomada essa atitude, ressaltando ainda que os assessores têm total liberdade para trabalhar.
NOTAS
IMPUGNAÇÃO
O Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação do registro da candidatura a deputado estadual pelo PMDB, Luciano Bispo, ex-prefeito de Itabaiana. Segundo o MPE, Bispo está inelegível, teve suas contas públicas rejeitadas, seus direitos políticos suspensos e foi condenado por ato de improbidade administrativa. Uma longa lista que, dificilmente, o deixará ser candidato.
BOLSA FAMÍLIA
Outro fato interessante é que mesmo tendo sido prefeito por quatro mandatos, Luciano Bispo não tem um patrimônio sequer em seu nome. Isso mesmo. Para a justiça eleitoral, Luciano não tem um real no banco ou qualquer lata velha registrada em seu nome, mesmo apresentando-se como comerciante. Com um patrimônio desse, o ex - prefeito pode até se cadastrar no programa Bolsa Família.