Comércio do Dia das Crianças está sem expectativa de venda
André Moreira/Equipe JC
André Moreira/Equipe JC
Grecy Andrade - Jornal da Cidade
08/10/2015 -

Opção de brinquedos para presentear a criançada é o que não falta nas lojas do centro comercial de Aracaju. Outra opção para quem quer economizar e não deixar de dar o presente aos pequenos é apostar nos produtos vendidos pelos vendedores ambulantes, a variedade é grande e os produtos não chegam a custar mais que R$ 50. No entanto, os lojistas e camelôs têm reclamado que as vendas não estão como o esperado, além disso o aumento do dólar e a greve dos bancos também tem deixado o comércio abaixo do esperado.

“A alta do dólar prejudica diretamente a venda dos brinquedos. Como a maioria dos produtos é importada, principalmente da China, eles tendem a ter o preço elevado diante do valor da moeda americana. Assim como no mês das mães e dos pais os consumidores foram bem cautelosos, certamente eles também serão quando forem escolher o presente da criançada. Talvez diminuindo o valor de compra, mas acredito que as crianças não ficarão sem presente neste dia”, informa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Brenno Barreto.

O gerente de uma loja de variedades no centro, Robério Silva, diz que apesar de esperar a elevação das vendas não deve acontecer como o esperado pelos comerciantes. “As vendas estão realmente enfraquecidas. Há alguns anos, neste mesmo período, era para a loja estar uma enchente de tanta gente, era para ter vendido quase tudo, mas não está mais assim. É crise, é parquímetro, é greve dos bancos, tudo isso acaba prejudicando ainda mais”, revela.

E os pais, que deixarem a compra do presente de Dia das Crianças para os últimos dias, não precisam se preocupar, as lojas têm estoques suficientes e uma variedade boa em modelos e preços. Ele explica que mesmo com as perspectivas baixas de vendas, a loja precisa se programar para dar conta da procura. “Todas as lojas se preparam, desde julho que a loja já vem se preparando, porque a gente nota que a partir do momento em que colocamos os brinquedos nas prateleiras – principalmente os brinquedos que são lançamentos – desperta o interesse da clientela e passa a vender antes da data”, destacou.

Sobre os brinquedos que mais costumam sair, ele revela que as bonecas, os carrinhos e a bola, apesar de tradicionais, ainda são os mais escolhidos pelas crianças e os que mais vendem na loja. “As bonecas continuam sendo as preferidas pelas meninas, e os super-heróis e os carrinhos pelos meninos”, comenta. “Os bonecos de personagens são outros produtos que também têm boa saída. Os preços também variam: temos boneca de R$ 200, carrinho motorizado de R$ 500 e outros mais baratos também que custam menos de R$ 10”, completa Robério.

Agora que virou tia, a estudante Blenda Joyce tem motivos de sobra para presentear a sobrinha. Por isso mesmo, ela já foi até uma loja escolher o presente. “Como ela ainda é pequena, eu procuro dar brinquedos educativos e que aprimorem o conhecimento nela e desenvolver as habilidade”, conta.

Opção mais barata

Em frente ao Hotel Palace, na Praça General Valadão, os camelôs também comercializam brinquedos, roupas, sapatos, bolsas, jogos eletrônicos etc. voltados para o público infantil. O local é uma opção mais barata para a compra do presente. Na banca de roupas infantis de Dene Souza, por exemplo, as peças custam de R$ 10 a R$ 45. “Aqui nós temos peças para o público de zero a oito anos”, revela a vendedora, informando ainda que nesta época as vendas costumam aumentar 30%, mas diante do panorama atual é possível que não chegue a esse número.

Já a vendedora de bonecas, bolas e jogos eletrônicos Quitéria Henrique diz que as vendas estão bem fracas. “O povo está sem dinheiro, a greve dos bancos prejudica e os parquímetros também. O povo não está sabendo como estacionar o carro e não está vindo para o Centro. Mas aqui é uma boa opção de compra, temos vários produtos, os preços bem abaixo das lojas e a qualidade é garantida”, destaca.