A Copa do Mundo de 2014 foi iniciada com certo pessimismo. Com a indignação da sociedade sendo manifestava das mais diversas formas, a mídia brasileira e internacional já anunciavam, antecipadamente, um mundial que ficaria marcado pelo fiasco. Mas essa visão já foi revertida. A 10 dias da final no Maracanã, revistas, jornais impressos e sites de todo o mundo exaltam o sucesso do evento futebolístico, apontando-o como a melhor Copa dos últimos tempos.
Se essa euforia tem sido manifestada pelos jornalistas, com os brasileiros não tem sido diferente. Seja nas cidades-sedes ou nos estados que não receberam jogos, os torcedores da seleção canarinho enfeitam as casas, ruas, carros, além de se reunirem nos dias de jogos, para torcer e celebrar o maior campeonato de futebol do mundo, realizado este ano no Brasil.
O clima é tão favorável que em alguns municípios brasileiros, a Copa tem sido utilizada, inclusive, no tratamento médico de pacientes, interagindo temática com exercícios. É o caso de Pacatuba, localizado a 116 km da capital sergipana. Na cidade, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) tem colocado em prática um projeto diferenciado, voltado para crianças e adolescentes com idade entre 2 a 18 anos, que se ajusta às necessidades de cada um.
“É o ‘Saúde na Copa’, que tem como objetivo trabalhar com os pacientes de forma lúdica, otimizando os tratamentos. Durante três dias, reunimos os profissionais que compõem a equipe, sendo eles educador físico, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo e assistente social, para realizar atividades que viessem a dinamizar o processo de tratamento”, explica Maria Silva Menezes coordenadora do Nasf.
Apresentação de vídeos, pinturas, jogos e competições, são algumas atividades desenvolvidas na Clínica de Saúde da Família, abordando o tema “Copa do Mundo”, segundo a coordenadora. “Começamos explicando a importância do mundial, escolha do mascote , que tem a ver com a extinção de animais, países participantes, e como o Brasil foi escolhido para sediar o evento. Depois falamos dos jogos e de como a competição é organizada. Tudo com a finalidade de trabalhar os valores, a exemplo de como encarar uma vitória ou uma derrota”, detalha Maria.
Reforço - Após os trabalhos em grupo, os profissionais se voltam para o atendimento individual. “É quando as ações são intensificadas e todas as atividades são reforçadas. Tem sido muito importante para os pacientes porque eles estão vivendo essa Copa da melhor forma. Principalmente para os que estão em tratamento psicológico. Aproveitamos, inclusive, para levá-los ao campo de futebol do município para desenvolver algumas práticas esportivas. E eles gostaram muito”, enfatiza a coordenadora.
Para o prefeito de Pacatuba, Alexandre Martins, a iniciativa é excelente. “Assim como outras ações realizadas pela administração, através da Secretaria de Saúde. Estamos vivendo um momento ímpar no país, e saber utilizá-lo no tratamento de crianças e adolescentes, com problemas físicos ou mentais, nos colocar um passo à frente. Parabenizo a secretária de Saúde, Jairlene Cardoso, e a equipe do Nasf, implantado em nossa gestão”, pontua Alexandre.
