Crea divulga laudo sobre desabamento de ponte
Divulgação do laudo foi feito pelo presidente do Cea, Arício Rezende (Foto: Portal Infonet)
Divulgação do laudo foi feito pelo presidente do Cea, Arício Rezende (Foto: Portal Infonet)
Aisla Vasconcelos - Portal Infonet
29/09/2015 -

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) divulgou nesta terça-feira, 29, a conclusão do laudo técnico com as causas do desabamento da ponte José Américo de Almeida (Ponte de Pedra Branca). O desabamento ocorreu no dia 09 de maio deste ano, no Povoado Pedra Branca, no município de Laranjeiras, causando o rompimento de duas adutoras, responsáveis pela distribuição de 70% da água da Grande Aracaju.

 

Na análise dos técnicos do Crea, o desabamento foi causado pela corrosão dos tirantes de aço [peças estruturais que tem por função resistir a esforços], em decorrência da falta de manutenção da ponte.

 

De acordo com o presidente do Crea/SE, o engenheiro Arício Rezende, após a conclusão, o órgão fez uma recomendação. "Hoje estamos concluindo o laudo, tendo como a conclusão principal da queda e do desabamento, a corrosão sobre tensão dos tirantes da referida ponte. O CREA faz recomendação de que o poder público tenha mais cuidado com as obras edificadas e passem a fazer manutenção para que eventos como estes não venham a acontecer”, diz.

 

O Crea ainda irá encaminhar o laudo conclusivo aos órgãos competentes na esfera federal e estadual. “Vamos encaminhar esse laudo para uma análise técnica da câmara de engenharia do CREA, vamos também encaminhar aos órgãos, a princípio, responsável pela manutenção de estradas e pontes, o Dnit, o DER e também a Deso porque vinha se utilizando daquela ponte para passar a adutora do São Francisco. Além disso, também estamos encaminhado o laudo ao MPE e TCE, orgãos esses que se preocupam com a parte legal”, informa.

 

De acordo com o especialista em projetos de ponte, o engenheiro Gilson Correa, a apresentação de cloreto também contribuiu para a corrosão da ponte. “O cloreto são sais que são conduzidos através de ventos e impregnam nos cabos e instalam um processo de corrosão. Eles enferrujando, perdem a capacidade de resistência dessas peças estruturais que são importantes nesse tipo de ponte. A falta de manutenção foi tão gritante que ao longo do tempo, essa proteção que é de PVC ela se desgastou, quebrou e os cabos ficaram expostos”, diz.