Deputados aprovam projetos de reajuste dos servidores
Policiais Civis lotaram as galerias para dizer não ao subsídio (Foto: Portal Infonet)
Policiais Civis lotaram as galerias para dizer não ao subsídio (Foto: Portal Infonet)
Portal Infonet
03/07/2014 -
Várias categorias de servidores públicos estaduais acompanharam nesta quarta-feira, 2, a votação de projetos de lei de autoria do Poder Executivo, na Assembleia Legislativa de Sergipe, visando o reajuste salarial. Todos os projetos foram aprovados pelos deputados, a exceção do que se referia aos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Isso porque por unanimidade, a categoria solicitou aos parlamentares que retirasse de pauta para que possam retornar às discussões em 2015, por discordar da maneira como foi elaborado. Os vetos às emendas do Proredes também foram aprovados por 14 x 9.
 
Os policiais civis deixaram as galerias insatisfeitos, por não ter sido levada em consideração o que foi aprovado em assembleia da categoria, quanto à questão do subsídio. “Dos quatro itens impostos pelo Governo, após várias negociações, os policiais não concordaram com apenas um que é a do subsídio, pois fraciona a base da Polícia Civil. Os policiais deixam de receber horas extras e gratificação por apreensão de armas de fogo. Esse projeto vai dividir a categoria”, lamenta o presidente do Sinpol, Antônio Moraes.
 
 
Como o projeto foi aprovado, a categoria voltará a se reunir em assembleia na próxima semana, quando discutirá o ajuizamento de uma ação direta de inconstitucionalidade.
 
Os agentes penitenciários também saíram contrariados da votação. “O Governo discutiu um projeto com a categoria, mas enviou um diferenciado, sem contar que deixou de fora os projetos antigos sobre a correção das distorções de servidores que executam as mesmas atividades. Sem contar que não cumpriu o acordo para retirar as faltas e processos administrativos por conta do período da greve”, reclama o presidente do Sindpen, Edilson Souza.
 
Samu
 
Os servidores do Samu decidiram pela retirada do projeto de aumento salarial enviado pelo Governo. “queremos a reprovação da lei porque do jeito que está não tem condições. O projeto une a parte fixa com a variável. Em uma decisão unificada com representantes do Sindicato dos Enfermeiros e do Sindicato dos Servidores da Saúde, resolvemos voltar às discussões em 2015, pois estamos lutando há oito anos e reconhecemos erros no projeto, além da evidência de prejuízos aos trabalhadores, a exemplo perda relativa ao cálculo de insalubridade que não contemplará o valor real de remuneração e sim valor inferior”, explica Adilson Melo, presidente do sindicato da categoria.
 
Já os professores saíram satisfeitos. “O projeto não é o que a gente queria e que lutamos mas é o possível que foi negociado. O Governo garantiu o reajuste do Piso para todos os professores conforme a lei e a recuperação da carreira se dará a partir de 2015, após a aplicação do Piso com recursos da Educação, desde que o Estado não ultrapasse os 46,55% do Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal”, explica a presidente do Sintese, Ângela Silva.