O ministro da Justiça, Flávio Dino, usou as redes sociais nesta quinta-feira, 29, para dizer que determinou a suspensão de perfis regionais da PF e da PRF nas redes sociais após as páginas das corporações serem invadidas por hackers.
"Em face da alegada invasão de perfil regional da PRF em Sergipe, inclusive com troca da senha, estou determinando a suspensão dos perfis regionais da PF e da PRF para análise da segurança, permanecendo somente os perfis nacionais nas redes sociais. Quanto à retirada do ar da postagem criminosa, a PRF está com providências em andamento. E investigação será instaurada para apuração dos fatos", publicou Dino.
Segundo a portaria assinada pelo ministro, caberá aos respectivos órgãos a análise de conveniência, oportunidade e segurança dos perfis, que deverão ser encaminhadas para o Ministério da Justiça e Segurança Público em 30 dias.
Uma postagem em uma rede social oficial da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe está pedindo doações para o ex-presidente Jair Bolsonaro por meio de chaves PIX. A publicação foi feita por volta das 4h da manhã.
O post diz que a instituição "decidiu colaborar" com o ex-presidente e pede que aqueles que apoiam a causa façam doações por uma chave PIX. A publicação ainda traz um QR Code onde seria possível fazer a doação. Apesar disso, tanto a chave, quanto o código, não funcionam. Os comentários na publicação foram desabilitados.
A assessoria de comunicação da PRF informou, em nota, que a página foi alvo de "ataque hacker" durante a madrugada, e que "todas as publicações feitas dentro desse período foram de origem criminosa". O órgão ainda disse fraude e que está tomando todas as "providências cabíveis visando a apuração dos fatos e restauração da conta". Até as 8h50, a publicação ainda estava no ar.
Nos últimos dias, aliados de Bolsonaro, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG), pediram doações para ajudar o ex-presidente a pagar multas em processos judiciais que enfrenta.
A publicação foi feita no mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento do ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, que pode torná-lo inelegível.
Fonte: G1SE