Cofres zerados e a sensação de impotência diante de uma crise financeira que atinge em cheio as administrações municipais. Esta é a realidade de quase 100% dos municípios brasileiros e que se alastra também em Sergipe. Na semana passada, depois do anuncio da queda de 38% na primeira parcela do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a aflição dos gestores aumentou.
Diante desse quadro, os prefeitos do Estado resolveram intensificar as ações municipalistas, e a primeira delas será realizada amanhã, 16, no auditório da Codise, às 15h. Liderados pelas três entidades sergipanas, Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (Fames), Associação dos Municípios da Barra do Cotinguiba e Vale do Japaratuba (Ambarco) e Associação dos Municípios da Região Centro Sul de Sergipe (Amurces), eles vão discutir as medidas que serão adotas.
“Atingimos uma situação insustentável. Há tempos que a crise dificulta o trabalho nos municípios, e as inciativas do Governo Federal só estão agravando o problema”, lamenta o presidente da Fames e prefeito de Nossa Senhora de Lourdes, Fábio Andrade. Uma das possibilidades de mobilização é o fechamento das prefeituras por uma semana, funcionará apenas os serviços de urgência, emergência e limpeza.
A mesma medida já foi aprovada pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), e as entidades sergipanas querem trabalhar em conjunto para mostrar à população que a crise não é algo exclusivo de apenas uma ou duas cidades, mas, sim, uma realidade presente em vários municípios. Outra proposta sugerida é a interdição do tráfego na ponte que ligas os estados de Sergipe e Alagoas, também em forma de protesto.
Encontro de prefeitos vai definir medidas de mobilização contra a crise
15/09/2015 -
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