Maternidade Hildete Falcão vira abrigo de mendigos
11/07/2014 -
Abandonada há mais de quatro anos, a maternidade Hildete Falcão virou abrigo para moradores de rua. Situado no Conjunto Agamenon Magalhães, o local realizava atendimento pediátrico e de maternidade, mas está degradado pela falta de segurança e manutenção. Moradores da região reclamam da movimentação de usuários de drogas e atribuem o crescimento de roubos e assaltos aos moradores de rua que ocupam o prédio.
O prédio, que pertence ao Governo do Estado está aparentemente trancado. Mas na parte interna, segundo moradores, restam vestígios da maternidade. A comunidade relata também, que durante a noite, moradores de rua pulam os muros do prédio para usar drogas.
Devido à falta de segurança na região, os assaltos cresceram. A dona de casa Celma de Oliveira relata que qualquer hora do dia os moradores são assaltados. “O fato de eles terem acesso fácil à maternidade, atraiu mais moradores de rua. Como são usuários de drogas, roubam qualquer pessoa e qualquer coisa”, conta.
Casas e estabelecimento são atacados pelos usuários de drogas, segundo informou o pintor Carlos Alberto Santos, de 61 anos. “Eu deixei de sair com meus passarinhos porque até isso eles estão roubando. Moro aqui há mais de 60 anos e nunca imaginei que meu bairro ficasse tão perigoso”, lamenta.
Na Rua Mato Grosso, que fica na lateral da maternidade, os assaltos também cresceram. É que a rua facilita a fuga dos bandidos, segundo depoimento da moradora Maria Augusta Santos. “Eles roubam aqui a qualquer hora do dia. E agora tendo o hospital como abrigo eles se escondem por lá e ninguém faz nada”, reclama.
SES
Em nota a Secretaria Estadual da Saúde informa que, “a reforma do prédio onde funcionava a antiga Maternidade Hildete Falcão está prevista na execução do Proredes. Além dessa reforma, o Programa inclui ainda a aquisição de equipamentos e mobiliário em geral. No local onde hoje funciona o Serviço de Remoção Inter-Hospitalar Assistida, SRIHA, o Banco de Leite Humano Marly Sarney e o ambulatório de recém-nascidos do Método Canguru, o Follow Up, que presta acompanhamento aos bebês até os 2 anos. O prédio irá abrigar o Complexo Regulatório que vai reunir todos as centrais de regulação do Estado, a exemplo do próprio SRIHA, Samu 192, Tratamento Fora do Domicílio, Central de Transplantes e de serviços hospitalares de urgência”.
PM
A assessoria de comunicação da Polícia Militar informa que não houve denúncias de assaltos na região, mas garantiu que as rondas serão intensificadas nas imediações da Maternidade.
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