A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta semana a informação que nós, os nordestinos, teremos mais cinco anos de seca e que a seca vai ficar com o clima e ambientação se aproximando de desertos.
Estamos completando agora cinco anos sucessivos de seca. Mas sempre há o registro de uma chuvinha aqui, outra acolá, o que contribuir sempre para acumular um pouquinho de água para o gado, aparecer um capim verde para o gado comer e lavar a alma do sertanejo, que vive cansada dos anos seguidos de sofrimento.
Em Sergipe, por exemplo, há ocorrências de chuvas, se bem que em pequenas quantidades, nos últimos 45 dias e quem visita o semiárido tem a impressão de que a seca acabou. Mas o quadro não é tão ruim, como dizem muitos prefeitos, e nem tão bom como gostariam as pessoas mais humildes da região.
Na verdade, os efeitos da seca, hoje, são mais sentidos pelos animais de “criação” – boi, porco, carneiro e galinha – que pelo povo, que hoje tem empregos nos perímetros irrigados, nas indústrias surgidas nos municípios e ainda conta com bolsa família, do governo federal, e outros programas sociais, dos governos estadual e municipais.
Ainda assim, é bom torcer para que esses novos cinco anos de seca preconizados pela ONU não aconteçam por aqui, pois estamos nos preparando para receber os sem-água de São Paulo, vítimas de 25 anos de desgovernos no Estado.