Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado neste dia 8 de março, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Sergipe (SSP), por meio da Polícia Civil e da Polícia Militar, apresentou nesta quarta-feira, 8, os resultados parciais da Operação Átria em solo sergipano. A ação policial teve o objetivo de combater crimes de violência contra a mulher em razão de gênero e ocorreu entre os dias 27 de fevereiro e 8 de março. A coletiva contou com a presença da secretária de políticas para as mulheres, Danielle Garcia.
A secretária Daniele Garcia iniciou enfatizando a importância da celebração do Dia da Mulher. "Para além de ser uma data comemorativa, é um dia de muita honra, e inclusive de reflexão. Estamos há pouco tempo na Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, mas já estamos desenvolvendo uma série de trabalhos em prol da mulher”, ressaltou.
De acordo com os dados da Polícia Civil, em Sergipe, no período em que ocorreu a operação - 27/02 a 08/03 -, foram registradas 22 prisões, das quais 17 foram em flagrante. No período da operação, foram atendidas 141 vítimas. Também no âmbito da operação, as equipes do Departamento e das Delegacias de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGVs) instauraram 72 inquéritos policiais. Destes inquéritos, 14 já foram concluídos.
Já conforme o levantamento da Polícia Militar, no estado, entre janeiro e fevereiro, a Ronda Maria da Penha fez o acompanhamento de 255 mulheres vítimas de violência em Sergipe. No primeiro bimestre deste ano, a unidade também contabilizou 27 prisões. A Ronda Maria da Penha também realizou 2.667 fiscalizações de cumprimento de medida protetiva. Por descumprimento, foram oito casos.
Ainda segundo os dados da Polícia Militar, até o dia 6 de março de 2023, o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) registrou 2.308 acionamentos ao telefone 190 por ocorrências relacionadas aos crimes cometidos contra a mulher em Sergipe. A principal ocorrência é a de vias de fato e agressão pela Lei Maria da Penha, com 1.118 acionamentos.
Em Sergipe, a Operação Átria contou com a participação da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Aracaju - vinculada ao DAGV - e das Delegacias de Atendimento a Grupos Vulneráveis das cidades de Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Itabaiana, Tobias Barreto, Lagarto e Estância. A Polícia Militar contou com a atuação operacional das unidades de área e da Ronda Maria da Penha.
A diretora do DAGV, Mariana Diniz, destacou que as ações de enfrentamento à violência contra a mulher continuarão em andamento em todo o estado. "As ações da operação irão se estender durante todo o mês de março. O objetivo da operação é intensificar as ações de combate à violência contra a mulher", reforçou.
A capitã Fabíola Góes, coordenadora da Ronda Maria da Penha, ressaltou que para a continuidade desse trabalho de enfrentamento à violência contra a mulher é fundamental que as vítimas comuniquem os crimes à polícia.
"A gente percebe que cada vez mais as mulheres estão mais conscientes de um relacionamento abusivo e conscientes do que devem fazer para denunciar os casos e terem todo apoio da rede de proteção", evidenciou.
Operação
A Operação Átria foi uma iniciativa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Na ação policial, além da apuração de denúncias, instauração de inquéritos policiais, realização de atendimentos às vítimas e cumprimento de mandados de prisão, a operação também promoveu ações educativas, como palestras e orientações.
A operação foi intitulada Átria em referência ao nome da principal estrela da constelação denominada “Triângulo Austral”, do hemisfério estelar sul, que possui coloração alaranjada. O nome remete à retirada da mulher de uma situação de vulnerabilidade e a coloca em posição de estrela mais importante, devido ao papel fundamental que tem na estrutura familiar.
Fonte: SSP