Na última terça-feira (15), a cidade de Pacatuba, localizada no Baixo São Francisco, sediou o segundo encontro entre os profissionais que atuam na Casa Lar Regionalizada “Acolher e Amar”, e representantes dos municípios contemplados pelo projeto. O evento aconteceu no Centro Municipal e foi conduzido por membros da Secretaria de Estado de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social.
Durante todo o dia, uma equipe de Proteção Especial de Alta Complexidade da SEIDES e profissionais da Fundação Renascer, prestaram assessoria aos presentes sobre como trabalhar à Casa Lar, enfatizando a diferença entre a instituição e abrigos, segundo a secretária de Assistência de Pacatuba, Faustilene de Melo.
“As duas assistentes sociais, psicóloga e a coordenadora de Proteção Especial do Estado vieram para nos mostrar formas de como fazer atendimentos, articulando toda a rede de assistencialismo dos três municípios. Por isso o encontro envolveu não apenas os profissionais que atuam na Casa Lar, mas todos aqueles que compõem essa rede, incluindo representantes das Secretarias de Educação e Saúde”, explicou.
Mesmo estando em pleno funcionamento desde a inauguração, a instituição, que possui modelo diferenciado de atendimento, ainda não recebeu crianças. Isso porque, de acordo com Faustilene, o Ministério Público possui bastante cautela ao analisar os casos que são detectados. E este, foi um dos principais assuntos abordados pelos profissionais do Estado na preparação daqueles que operam junto ao projeto, segundo a secretária.
“A Casa Lar não pode receber crianças, antes que a violação dos direitos seja comprovada. Primeiro se busca resolver o problema na residência do menor. Caso a questão não seja solucionada da melhor forma, a Casa acolhe a criança. É um lar que deve garantir acesso às atividades socioeducativas, esporte, lazer, entre outros serviços existentes na comunidade, e por isso, toda a rede se faz presente no encontro”, acrescentou.
Faustilene informou ainda que algumas famílias já estão sendo avaliadas pelo Ministério Público nas três cidades, e enfatizou que, a qualquer momento, a Casa Lar poderá receber seus primeiros moradores. “Precisamos estar preparados para este momento, e principalmente, para tornar o lugar aconchegante para as crianças. Lembrando que as famílias devem ser assistidas por seus municípios e que o sucesso do trabalho depende da interação de todos”, salientou Faustilene.
Presenças – Entre os 32 participantes estavam: secretárias de Ação Social de Pacatuba e Brejo Grande, Faustilene de Melo e Mônica Oliveira, representantes da Secretaria de Assistência de Ilha das Flores, membros dos Conselhos Tutelares e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) das três cidades, os profissionais que trabalham na Casa Lar, além da coordenadora da instituição, Ana Isabel de Oliveira.