PM faz reconstituição da morte do jovem David Philip
David Motta (Fotos: Divulgação Facebook)
David Motta (Fotos: Divulgação Facebook)
Portal Infonet
25/06/2014 -

 A Polícia Militar realizou na manhã desta quarta-feira, 25, a reconstituição das circunstâncias da morte do jovem David Philip Motta Santos, de 17 anos, que teria sido alvejado por um policial da Rádiopatrulha. O jovem foi atingido com um tiro na cabeça, no último dia 12 de março, no Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro.

No dia em que David foi baleado, a informação da polícia foi que o rapaz, que trafegava como passageiro em um ciclomotor, recebeu voz de prisão e apontou a arma para os PMs, que revidou no sentido de que parasse, mas o tiro o atingiu fatalmente.

A informação, no entanto, gerou revolta com os moradores e familiares da vítima, que alegam que não houve resistência por parte do jovem. O caso continua sendo investigado.

Para a mãe do jovem, Vanusa da Mota, a reconstituição do crime não foi fiel ao dia do fato. Segundo ela, foram utilizados atores e em um momento foi colocado uma arma na reconstituição. Vanusa alega que não houve arma. “A reconstituição não foi da Polícia Civil. Foi feita pela Polícia Militar. A única coisa que sei é que a reconstituição não foi fiel, pois não houve arma em nenhum momento com meu filho. O crime será elucidado e esse policial irá pagar pelo crime”, rebate a mãe de David.

 


PM


 O encarregado do inquérito policial que investiga o caso, comandante Vivaldy Cabal do 8ª batalhão, explica que simulação foi feita de forma imparcial, baseado nos depoimentos prestados pelas testemunhas. Ainda segundo o comandante um relatório será feito e encaminhado à justiça. A previsão é de que o inquérito seja concluído em 10 dias.

Para a reconstituição, foram solicitadas duas unidades da Polícia Militar. E ainda segundo o comandante o laudo pericial do crime também auxiliou na simulação.

“Para constar no inquérito nos baseamos nos depoimentos, reproduzimos em imagens todos os passos que eles deram. Tudo baseado em informações, inclusive do depoimento do menor que sobreviveu. Tivemos também o laudo pericial do crime que nos auxiliou, para poder formar o nosso convencimento”, detalha o comandante Vivaldy.