Na quarta, 18, a Prefeitura de São Cristóvão em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e do Trabalho (SEDEST), realizou uma manhã de atividades de prevenção e erradicação ao trabalho infantil, que tem como dia D, 12 de junho, que é considerado o Dia Mundial do Combate ao Trabalho infantil.
Embora o trabalho infantil seja proibido para menores de 14 anos no Brasil, a problemática ainda é recorrente em todos os estados do país. E em Sergipe, mesmo com o desenvolvimento de políticas de combate, é possível constatar números também significativos de menores trabalhando.
Durante a manhã foram desenvolvidas atividades recreativas, direcionadas as crianças assistidas pelo Serviço de Convivência e fortalecimentos de vínculos. Além de uma palestra proferida pelo Juiz de Direito da Comarca de São Cristóvão, Doutor Manoel Costa Neto, que falou da necessidade da criança aproveitar sua infância, se dedicando ao estudo e ao lazer, além dos perigos e consequencias do trabalho infantil, tais como cegueira, escoriações e perda de membros do corpo.
Manoel Costa Neto também destacou que “ além da criança ficar exposta a violência física, psicológica, sexual, racial e de origem social e ospais serem oficialmente responsáveis pelos seus filhos, não é hábito de um juiz puni-los, os que contratam os serviços de uma criança são os que são mais punidos. O índice de trabalho infantil mais preocupante em São Cristóvão, está relacionado a crianças que trabalham para o tráfico e por conta disso muitas delas tem suas vidas ceifadas preconcemente. Em 2012 foram registrados 65 homicídios, metade desse número foram de menores, envolvidos com o tráfico de drogas” ressaltou o juiz.
De acordo com a coordenadora do CREAS, Juliana Freitas, que esteve representando a Secretária de Desenvolvimento Social e do Trabalho, Madalena Gois, o trabalho preventivo (palestras) é aliado ao trabalho repressivo do trabalho infantil. “As crianças que são encontradas trabalhando são encaminhadas para o CREAS, onde a criança e a família recebem os primeiros atendimentos e depois são encaminhadas para o CRAS, onde são inseridas nos serviços de convivência e fortalecimento de vínculo, para desenvolvimento de atividades sócio educativas” enfatizou Juliana."