Programa Sergipe Mais Seguro busca redução de homicídios em 12 cidades
Ascom/SSP
17/06/2014 -

O secretário em exercício da Secretaria de Segurança Pública, João Batista dos Santos Júnior, apresentou na manhã desta segunda-feira, 16, no Palácio dos Despachos, informações sobre o programa do Governo Federal Brasil mais Seguro e o programa Estadual Sergipe mais Seguro. A apresentação foi feita na reunião inaugural do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que pretende monitorar e avaliar a execução dos dois programas no Estado de Sergipe.

 


Complementarmente ao Programa Brasil Mais Seguro, o Governo do Estado de Sergipe está implementando o Programa Sergipe Mais Seguro. De acordo com secretário João Batista, o programa visa estimular e promover a atuação qualificada e articulada dos órgãos de segurança pública e do sistema de Justiça Criminal, com foco no fortalecimento da inteligência policial, do policiamento ostensivo e na qualificação dos procedimentos investigativos e da perícia forense, auxiliando o Estado na redução de crimes violentos em 12 municípios, cinco a mais do que o previsto no Programa Brasil Mais Seguro.

 


De acordo com o secretário João Batista, o objetivo imediato do programa é a diminuição das taxas de homicídio nos municípios de Canindé de São Francisco, Itabaiana, Simão Dias, Lagarto, Tobias Barreto, Estância, Propriá, Maruim, Laranjeiras, Nossa Senhora do Socorro, Aracaju e São Cristóvão.

 

Os primeiros resultados começaram aparecer antes mesmo da implantação oficial do GGI. No último dia 22 de maio, a SSP apresentou dados de monitoramento de crimes contra a vida e contra o patrimônio em Sergipe. Nos últimos cinco anos foram presos quase 25 mil pessoas e apreendidos mais de sete mil armas de fogo em todo o Estado.

 


Dados estatísticos comparativos dos crimes de homicídios referente aos quatro primeiros meses de 2013 e 2014 mostram redução desse tipo de crime em alguns municípios. Chama a atenção os gráficos em linha decrescente da cidade de Itabaiana. Comparando os meses de janeiro a abril de 2013 com o mesmo período de 2014 a redução chega a 6,7 %.

 
Outras cidades que apresentaram dados notáveis foram Barra dos Coqueiros e Simão Dias com 33,3% a menos de homicídios cada uma. Com relação à capital Aracaju, o Comando do Policiamento Militar da Capital (CPMC) deverá realizar um plano de ações nos bairros de Aracaju cujo foco será a Orla da Atalaia e bairros da zona norte, além da Grande Aracaju.

 

No próximo mês de julho, quando acontecerá a segunda reunião do GGI, será apresentado os dados de crimes contra a vida nos 12 municípios do programa. “Se houver redução nos dados estatísticos a política de segurança adotada para aquelas áreas continuarão as mesmas porque é prova de que está indo no caminho certo, porém caso não reduza os índices haverá correção dos rumos de todo o trabalho”, disse Batista.

 O secretário ressaltou, ainda, a criação da GRAE operacional, uma espécie de gratificação criada pelo Governo do Estado para comprar a folga do policial. “Esse pagamento das horas de folga do policial permite que aumentemos o efetivo. Isso é fundamental para executarmos corretamente as ações do Sergipe mais Seguro”, destacou.

 

Sergipe mais Seguro

O programa sergipano de monitorização dos crimes de homicídios será acompanhado a partir de agora por reuniões mensais do GGI e por reuniões semanais do Grupo de Gestão Operacional (GGO), formado pela cúpula da SSP. As ações do Sergipe mais Seguro darão norte ao trabalho da polícia sergipana até o próximo dia 31 de dezembro de 2014.
Outras metas do Sergipe mais Seguro são a busca de recursos para a consecução dos planos traçados pelo GGI e Sergipe Mais Seguro, por meio da Secretaria de Planejamento; concatenação de planejamento operacional das Polícias Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Cogerp; implementação da estratégia de saturação nas 12 regiões com os maiores índices de violência do Estado.

 

Além de atuação sistemática imediata em virtude do levantamento dos pequenos pontos de venda de drogas (Bocas de Fumo) nas regiões mais violentas; cumprimento de todos os mandados de prisão em aberto; combate à poluição sonora; enfoque específico no combate as casas de prostituição, a prostituição infantil e aos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas para menores.


Já faz muito tempo em que não se faz segurança pública apenas com as polícias. Os países que estão conseguindo vencer esse fenômeno da violência fizeram o que estamos fazendo aqui hoje com a criação desse GGI. Os poucos estados do Brasil que estão conseguindo estancar e diminuir a violência fizeram isso porque tem um GGI que funciona corretamente”, explicou Batista.