Sem acordo. Esse foi o resultado da terceira rodada de negociações entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Rádio, Televisão Aberta, Por Assinatura e Publicidade do Estado de Sergipe (Sterts) e do Sindicato das Empresas de Rádio, Televisão e Jornais do Estado de Sergipe (Sinertej), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), nesta sexta-feira, 13. A reunião foi mediada pelo superintendente adjunto, Nilson Socorro.

O representante da classe patronal, o também radialista Messias Carvalho, apresentou proposta de 6,5%, mais a possibilidade de implantação do plano de saúde e a discussão em torno de itens relacionados a proteção e equipamentos de segurança.

“Ficamos surpresos porque o sindicato desfez o percentual que já havia sido acertado aqui. Nós discutimos em cima da proposta anterior, de reajuste linear de 100% do INPC do período da data-base (4,5%) e atendimento da sugestão de itens relacionados a proteção, como protetor  e película. Com muito sacrifício a gente chegou ao percentual de 6,5%”, destaca Messias Carvalho.
 “Não ficou nada acertado. Houve apenas uma sugestão levada para a avaliação da categoria em assembleia. Não houve aceitação de propostas. Nós defendemos reajuste de 8%, plano de saúde e equipamentos de segurança”, ressalta o radialista Alex Carvalho, do Sters.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Radialistas, Fernando Cabral, diante do que foi aprovado na assembleia dos trabalhadores, a comissão de negociação não vai levar essa contraproposta patronal para a deliberação da categoria e vai aguardar a resposta dos patrões a proposta reapresentada pelos trabalhadores.

“O que estamos vendo aqui não é avanço. Messias Carvalho, volte ao seu sindicato, converse e retorne com avanços, pois o que nós queremos é a socialização dos benefícios, pois não adianta uma empresa ser contemplada e a outra não”, enfatiza Cabral.

Uma nova rodada de negociações ficou marcada para o dia 30 de junho a partir das 9h na sede da SRTE.

Participaram da reunião desta sexta-feira, os radialistas Auvanilson Santana e Roberta  Barbosa Andrade [que lamentaram a falta de condições de trabalho e de salários dignos, principalmente no interior], além do advogado do Sinertej, Roosevelt  Rodrigues.