Considerando a proporcionalidade, Sergipe se revela como o segundo mais violento estado brasileiro, em se tratando da incidência de homicídios. Com 999 assassinatos, Sergipe apresenta taxa de 45 por cada 100 mil habitantes. O estado do Ceará ocupa o primeiro lugar do ranking, com 4.144 homicídios e taxa de 46,9 por 100 mil habitantes, enquanto o Pará é o terceiro com 3.232 assassinatos e taxa de 40 por 100 mil habitantes.

 

Os dados são referentes ao ano de 2014 e estão compactados no relatório Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios divulgado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça.

 

Em números absolutos, o estado que registrou o maior número de homicídios em 2014 foi a Bahia, com 5.450 (36 por 100 mil habitantes). Em seguida, estão Rio de Janeiro (4.610) e São Paulo (4.294), com taxas de 28 e 9,8 por grupos de 100 mil habitantes. No ranking absoluto, o Ceará aparece em quarto lugar. Santa Catarina, com 587 mortes registra a menor taxa do país (8,7 homicídios por 100 mil habitantes).

 

A intenção do documento é que funcione com uma ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da criminalidade observando as coincidências entre as altas taxas de homicídio e outros problemas sociais, econômicos e culturais, conforme explicações do próprio Ministério da Justiça. Os dados são colhidos do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), referentes ao exercício de 2014.

 

A assessoria de imprensa informou que a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Sergipe respeita o diagnóstico, mas contesta o ranking. Conforme a assessoria, a lisura da pesquisa poderá estar comprometida por falta de um padrão específico para a coleta de dados nos estados. Segundo a assessoria, em Sergipe os dados são transparentes e, para cada ocorrência, é considerado o número de vítima. Enquanto em outros estados, segundo a assessoria, os dados são relativos ao número de ocorrência. A assessoria exemplifica casos típicos de chacinas, que resultam em mais de uma vítima. Conforme a assessoria, a chacina em outros estados é classificada como único evento, independente do número de vítimas, enquanto em Sergipe são consideradas todas as vítimas do episódio semelhante.