Servidores do Instituto Federal de Sergipe (IFS) e da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizaram o ‘cortejo fúnebre da pátria deseducadora' como forma de protestar contra as reivindicações das categorias. A concentração do ato começou no início da manhã na sede do IFS em Aracaju, em seguida eles percorreram as ruas do Centro com um caixão.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFS (Sintufs), Lucas Gama diz que servidores decidiram aceitar a propposta do governo, e que enterro é da ‘pátria educadora’.
“Em assembleia os servidores do Instituto Federal de Sergipe decidiram aceitar a proposta que o governo federal ofereceu, mesmo sendo muito abaixo do reivindicado, e nos preparamos para uma saída unificada no dia 30. Já os trabalhadores da Universidade de Sergipe, decidiram ontem, também aceitar a proposta que o governo ofereceu com saída da greve em data que ainda a ser definida pelo comando nacional”, explica.
Sobre o enterro o presidente do Sintufs explicou: “tivemos uma assembleia e agora vamos ter um cortejo para denunciar a falácia da ‘Pátria Educadora’. A presidente Dilma nomeou o seu segundo mandato como sendo o da ‘Pátria Educadora’, pois a educação passaria a contar com vultosos investimentos. Mas passado alguns meses, já percebemos que seu segundo mandato vai tratar a educação com descaso. E achamos conveniente realizar esse ato para sepultar simbolicamente essa ‘Pátria Educadora’, destacou.
Os servidores do IFS estão em greve desde o dia 13 de julho e cerca de 5 mil alunos estão sem aula. Segundo o líder do movimento grevista José Correia, na parte pedagógica a adesão foi de 100%. O 1º semestre do ano letivo começou no dia 15 de junho. Entre as reinvindicações estão: reajuste salarial, reajuste do auxilio alimentação, 30 horas de regime de trabalho e revisão do plano de carreira.
Já os professores e funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) entraram em greve no dia 28 de maio. A paralisação atinge atualmente mais de 30 mil alunos em Sergipe. Entre os pleitos da categoria está o aumento de 27,3% do salário, mas o governo passa que só pode ceder 21,3%, isso parcelado em quatro anos e melhorias na carreira, que é um plano da capacitação.