O depoimento de Augifranco Patrick de Vasconcelos, presidente da Ala Jovem de Lagarto, trouxe novidades à ação por conduta vedada movida pelo Ministério Público Federal contra os deputados e ex-deputados estaduais que destinaram verbas de subvenções repassadas pela Assembleia Legislativa a entidades do terceiro setor no ano passado.
Segundo o procurador regional eleitoral Rômulo Almeida, o presidente da entidade prestou esclarecimentos sobre os recursos que a Ala Jovem recebeu naquele período, apresentando detalhes não revelados no primeiro depoimento que prestou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Ele falou dados que esclarecem melhor o dinheiro que a Ala Jovem recebeu, coisas que ele não tinha dito no primeiro depoimento”, informou o procurador regional.
O próximo passo neste processo será dado na quinta-feira da próxima semana, 3, quando serão ouvidos os réus que se dispuseram a prestar depoimento ao juiz Fernando Escrivani Stefaniu: o deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), o deputado federal Adelson Barreto (PTB) e o ex-deputado Arnaldo Bispo.
O Ministério Público Federal, segundo o procurador, poderá pedir penas que variam entre multas e até a cassação de mandato para os réus [os 24 que ocupavam cadeiras na Assembleia Legislativa na legislatura passada e que fizeram as indicações relativas às verbas distribuídas no exercício de 2014].
A exceção está naqueles seis deputados para os quais o MPF já antecipou o pedido de pena de multa. A pena de multa já solicitada, para estes casos, será mantida e atinge os deputados estaduais Francisco Gualberto (PT), Ana Lúcia Menezes (PT), Antonio dos Santos, o Pastor Antonio (PSC), Garibalde Mendonça e os ex-deputados Antonio Passos e Conceição Vieira, conforme explicou o procurador regional eleitoral.
Mas estes detalhes, conforme o procurador, só serão definidos depois que todas as peças contidas no processo judicial que tramita no TRE forem minuciosamente analisadas.