O ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Sukita Santos, deixou a 3ª Delegacia Metropolitana no fim da manhã desta segunda-feira (11), seguiu para realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foi levado para o presídio de Nossa Senhora do Socorro, o Cadeião. Ele foi preso no sábado (9) pela Polícia Federal que cumpriu um pedido de mandado de segurança feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e aprovado pela Justiça. Ele é acusado de crime de responsabilidade e lavagem de dinheiro público.
Esta é a segunda vez que o político foi preso neste ano. Em junho ele foi detido durante a Operação POP, com ex-secretário das Finanças de Capela, José Edivaldo dos Santos, Sylvanny Yanina Mamlak Sukita, esposa de Sukita, e Clara Miranir Santos, irmã do ex-prefeito. As duas foram soltas no fim de junho. Os suspeitos foram denunciados por desvios de recursos públicos durante a execução de um convênio para compra de ônibus escolares e formação de quadrilha.
José Edivaldo dos Santos, preso no dia 3 de junho na 'Operação POP' e solto no mesmo dia que Sukita, também teve a prisão revogada pelo juiz da 9ª Vara Federal e foi novamente preso no sábado (9). Ele passou o fim de semana na 3ª Delegacia, fez o exame no IML e foi levado para o mesmo presídio nesta segunda-feira (11).
O MPF já havia se posicionado contra a decisão que deu liberdade ao político no dia 13 de julho deste ano após 40 dias de detenção. "Meus advogados é quem estão cuidando disso. Eu não quero dizer se a Justiça está certa ou errada, quem sou eu para julgar?", disse Sukita.
Mesmo após a executiva estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB/SE) ter solicitado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o cancelamento da candidatura a deputado estadual de Sukita, o ex-prefeito disse ao G1 que vai continuar na disputa para as próximas eleições.
"Vou manter minha candidatura firme e forte. Não se faz necessário eu desistir do meu projeto político. Essa prisão é difícil, não me rendo aos entendimentos a serem feitos, sigo a minha caminhada, mas Deus sabe o que faz, Ele nunca erra", disse o político na saída da delegacia. Já José Edivaldo preferiu não responder aos questionamentos da imprensa.
Ele chegou a assinar o termo de renúncia no sábado (9), após ser preso mas voltou atrás da decisão. O documento com a assinatura dele foi enviado ao TRE, mas em seguida ele disse que o documento anterior não retrata a vontade dele. Já a assessoria de comunicação do PSB informou que o termo de renúncia foi assinado em comum acordo entre as partes.