Ainda em paralisação, a história sobre a greve dos docentes do campus de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe ganhou mais um capítulo. Será realizada na próxima terça-feira, 19, às 9h30, em Lagarto, mais uma assembleia para definir o futuro das atividades no campus. Nesta terça-feira, 12, professores fizeram uma reunião na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs) e confirmaram a assembleia para a próxima semana.
Segundo a professora Marcela Deda Chagas, as principais reivindicações dos docentes em Lagarto envolvem condições de trabalho, referentes às clínicas-escolas que precisam estar equipadas para funcionamento, transporte coletivo, melhoria na segurança pública e ampliação no número de professores.
Na última sexta-feira, 08, alunos, docentes e servidores da UFS de Lagarto fizeram um ato pela cidade no sentido de chamar atenção para as condições da instituição. E, de acordo com a professora Marcela Deda, alguns pedidos foram atendidos. “O que conseguimos foi a liberação de uma verba para cada curso fazer uma compra emergencial, e ainda estamos em processo de compra”, disse Marcela.
Mas a professora explicou ainda que, mesmo com essa conquista, falta muito para o retorno das atividades dos docentes na Universidade. “Algumas coisas já andaram, mas ainda não é o suficiente para acabar a greve”, conta a professora.
Os docentes estão em paralisação desde o dia 12 de maio, sendo que apenas o curso de enfermagem e medicina retornaram as aulas no dia 28 de julho.
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com o professor e diretor do campus de Lagarto Mário Adriano, mas ainda não conseguiu informações acerca da greve dos docentes. O professor declarou que irá entrar em contato por e-mail para responder às questões da reportagem.
Posicionamento da UFS
Segue abaixo nota na íntegra enviada pela Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Sergipe:
"O reitor Angelo Antoniolli e a direção do campus de Lagarto têm trabalhado firmemente para solucionar as demandas apresentadas pelos professores, estudantes e servidores da unidade antes mesmo dos movimentos de greve iniciados por estes grupos.
Muito já foi realizado. Das oito edificações planejadas para o campus, duas delas estão prontas (Biblioteca e Prédio Multidepartamental) e uma terceira está em fase final (Vivência Estudantil). A maior edificação do Campus, o Centro de Simulação e de Práticas encontra-se em fase inicial de construção.
A estrutura provisória, no entanto, ainda será utilizada até a plena implantação da nova sede. A infraestrutura da sede provisória foi adaptada para as estratégias de ensino, com salas e mobiliário apropriados para as sessões tutoriais.
Com relação aos equipamentos, não há, por parte da gestão da UFS, restrições para a sua aquisição. Os processos licitatórios, entretanto, seguem procedimento definidos por legislação federal e podem levar algum tempo para serem finalizados.
Compreendendo os esforços da administração da Universidade Federal de Sergipe, os docentes e estudantes dos cursos de Medicina e de Enfermagem retornaram às atividades no dia 28 de julho. A UFS continua acreditando no diálogo como forma de avançar na qualidade da educação pública, o que é o compromisso maior da instituição."